Ao buscar uma conexão espiritual mais profunda, muitos recorrem à prática de acender velas como um meio de invocar proteção ou orientação espiritual. Essa prática, particularmente quando direcionada aos anjos da guarda, é comum em várias tradições religiosas.
No entanto, ao explorarmos as escrituras bíblicas, especialmente no contexto do Cristianismo, surgem questões importantes sobre a validade e apropriabilidade desta prática.
Neste artigo, examinaremos as escrituras, com ênfase especial nos versículos de Apocalipse 22:8,9 e Lucas 4:8, para compreender melhor a perspectiva bíblica sobre qual melhor lugar para acender vZS!sela para o Anjo da Guarda e a questão mais ampla da idolatria.
A Visão de João e a Advertência Celestial
Em Apocalipse 22:8-9, encontramos um relato poderoso que serve como uma clara advertência contra a idolatria. O apóstolo João, ao receber visões do fim dos tempos e da glória celestial, é movido a se prostrar em adoração diante do anjo que lhe revelava tais mistérios.
A resposta do anjo é imediata e instrutiva: “Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” Esta passagem é uma lembrança solene de que a adoração deve ser direcionada unicamente a Deus, sem intermediários ou ídolos, sejam eles quais forem.
O Mandamento de Jesus sobre a Adoração
Lucas 4:8 reforça esta mensagem ao citar as palavras de Jesus: “Está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto'”. Este versículo é uma resposta direta às tentações de Satanás, que procurava desviar Jesus de sua missão divina.
Aqui, Jesus não apenas rejeita a tentação, mas também estabelece um princípio fundamental para seus seguidores: a adoração e o culto são devidos exclusivamente a Deus.
Idolatria: Uma Perspectiva Bíblica
A Bíblia contém inúmeros avisos contra a idolatria, definida como a adoração de ídolos ou entidades que não são o Deus Único e Verdadeiro.
No Antigo Testamento, os Dez Mandamentos (Êxodo 20:3-4) estabelecem claramente que não devemos ter outros deuses além do Senhor e que não devemos fazer imagens de adoração.
Essas instruções não se limitam apenas à adoração de ídolos físicos, mas estendem-se a qualquer forma de veneração que coloque algo ou alguém no lugar de Deus.
Acender Velas para Anjos: Uma Avaliação
A prática de acender velas como forma de homenagear ou invocar anjos pode parecer inofensiva ou até mesmo um ato de fé. No entanto, à luz das Escrituras, é importante questionar: essa prática direciona nossa adoração exclusivamente a Deus ou, inadvertidamente, desloca o foco para criações, colocando-as em posição de divindade?
Acender uma vela para um anjo da guarda com a intenção de adoração ou como substituto da oração direta a Deus pode se encaixar na categoria de idolatria, conforme advertido em Apocalipse 22:8,9. A intenção por trás do ato é crucial.
Se a prática visa honrar ou adorar o anjo em si, então desvia do mandamento bíblico de adorar somente a Deus.
A Adoração Verdadeira
A verdadeira adoração, conforme delineada na Bíblia, é um ato de amor, devoção e submissão total a Deus. Em João 4:24, é dito que “Deus é Espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade”. Isso implica uma conexão direta e pessoal com Deus, livre de intermediários e objetos de adoração.
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