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Coreia do Sul aprova lei tornando cidadãos de apenas uma idade

Talvez você ainda não saiba, mas na Coreia do Sul a idade é contada de uma forma bem diferente. Para se ter uma ideia, os bebês no país nascem com um ano de idade. No entanto, uma nova lei pode finalmente estabelecer um padrão nessa contagem, já que um sul-coreano não tem apenas uma idade, mas três: uma “internacional”, uma “coreana” e uma “calendária”.

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Confuso? Calma, deixa a gente explicar! O país tem três sistemas distintos para contar a idade de uma pessoa: existe o sistema internacional, que usa a data de nascimento da pessoa; o oficial, onde os bebês nascem com 0 anos e ganham um ano todo primeiro de janeiro, e o método da “idade coreana”, que é o mais usado socialmente, onde todos têm automaticamente um ano de idade ao nascer e ficam um ano mais velhos em Dia de Ano Novo, independentemente da data de nascimento.

Na prática, uma pessoa nascida em 30 de dezembro de 1995 teria 28 anos de idade coreana, 26 anos de idade internacional e, ao mesmo tempo, 27 anos de idade oficial. Essa tradição de calcular a idade começou na China e se tornou parte da cultura de diferentes partes da Ásia, mas a Coreia do Sul é o único país que ainda a mantém. Ou pelo menos era.

Isso porque o parlamento do país decretou que, a partir de junho de 2023, todos os documentos oficiais devem seguir o padrão “idade internacional”. A lei vai padronizar o uso da idade internacional em todas as “áreas judiciárias e administrativas”, e o próprio site do parlamento diz que os governos estaduais e locais devem incentivar os cidadãos a usar sua ‘idade internacional’ e fazer a promoção necessária para isso.

A decisão vem para reduzir custos socioeconômicos desnecessários. A discussão sobre idade na Coreia do Sul não é nova: já em 2019, um projeto de lei apresentado pelo deputado Hwang Ju-hong alertava que os três métodos eram responsáveis ​​por conflitos ao promover uma cultura de hierarquia baseada na idade.