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Acúmulo de microplásticos no fundo do oceano triplica em duas décadas

Cientistas espanhóis afirmam que a quantidade de microplásticos acumulados no fundo do oceano triplicou nos últimos 20 anos. O aumento é condizente com o tipo e volume de plástico consumido pela sociedade neste período.

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A conclusão vem de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, ​​​​o primeiro a fornecer uma reconstrução de alta resolução da poluição por microplásticos no Mar Mediterrâneo.

Inicialmente flutuando na superfície, os microplásticos presentes no oceano têm como destino final o seu destino final, acumulando-se junto com os sedimentos que ali são depositados. O novo estudo constatou um aumento na quantidade de microplásticos proporcional ao consumo e produção desses materiais.

Além de estar em grandes quantidades, os cientistas encontraram o material inalterado após décadas de deposição. A descoberta indica que a degradação das partículas é interrompida quando elas ficam presas entre os sedimentos marinhos. Isso se deve à falta de luz, oxigênio e fricção. Plásticos que datam da década de 1960 foram encontrados.

Os principais plásticos encontrados foram polipropileno, polietileno e poliéster. Eles compõem produtos como embalagens, garrafas, filmes plásticos e tecidos sintéticos. A quantidade dessas três substâncias mais abundantes chega a 1,5 mg por quilo de sedimento analisado.

Os microplásticos representam um grave problema de poluição nos oceanos, afetando diversas formas de vida marinha. Além disso, já estão sendo encontrados na água da chuva e até no corpo humano.

Campanhas para reduzir os plásticos descartáveis ​​têm sido realizadas nos últimos anos em diversos países, mas os resultados ainda não foram efetivos, como mostra o estudo.