A varíola dos macacos (monkeypox) é uma doença endêmica em muitos países do continente africano. Desde maio deste ano, foram identificados casos atípicos, principalmente na Europa e na América do Norte. Apesar da complexidade, a doença tem cura e existem tratamentos aprovados por agências internacionais de saúde.
- Quais são os sintomas da varíola dos macacos em humanos?
- A varíola dos macacos tem vacina?
Como a varíola símia é uma doença viral, o procedimento padrão é buscar alternativas que aliviem os sintomas do paciente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “os sintomas geralmente duram entre 2 a 4 semanas e desaparecem por conta própria sem tratamento”.
Existem tratamentos para a varíola dos macacos (Imagem: Twenty20photos/Envato Elements)
No entanto, indivíduos de grupos de risco, como imunossuprimidos, desnutridos, recém-nascidos e crianças, podem enfrentar formas mais graves de infecção. Como regra, o tratamento deve ser acordado entre o paciente e o médico assistente.
Existe tratamento para a varíola dos macacos?
“Atualmente, não há tratamento específico aprovado para infecções pelo vírus da varíola dos macacos. No entanto, antivirais desenvolvidos para uso em pacientes com varíola podem ser benéficos”, explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.
No entanto, a agência norte-americana explica que os três medicamentos a seguir podem ser prescritos contra o vírus da varíola dos macacos em casos exclusivos de surto:
- Tecovirimat (TPOXX): é um medicamento antiviral aprovado para o tratamento da varíola humana em adultos e pacientes pediátricos com peso mínimo de 3 kg. Pode ser ingerido em formato de cápsula ou aplicado por injeção intravenosa;
- Cidofovir (Vistide): é um medicamento antiviral que atua contra o gênero ortopoxvírus, que inclui os vírus da varíola e varíola dos macacos;
- Brincidofovir é um medicamento antiviral para o tratamento da varíola humana em pacientes adultos e pediátricos, incluindo recém-nascidos.
Além desses medicamentos, a OMS explica que “a imunoglobulina vaccinia (VIG) pode ser recomendada para casos graves”.
Medicamentos podem ser usados no Brasil?
Remédios contra varíola não são aprovados para uso no Brasil, segundo Anvisa (Imagem: Leungchopan/Envato)
Medicamentos para o tratamento da varíola e, conseqüentemente, da varíola símia não têm autorização de uso no Brasil e não podem ser comercializados nacionalmente, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a Anvisa, o antiviral cidofovir já tinha registro de uso aprovado pela agência, mas a licença expirou em 2010 e, desde então, não foi renovada. Os outros dois medicamentos nunca foram analisados pelos agentes.
Afinal, a doença tem cura?
Apesar dos inúmeros sintomas – como lesões na pele, febre, dor de cabeça intensa e dores musculares – a OMS explica que a maioria dos casos não tende a ser grave. Esta é “uma doença autolimitada com sintomas que duram 2 a 4 semanas”. Em outras palavras, existe uma cura para a doença.
cuidado importante
Independentemente do uso de medicamentos (ou não), a OMS recomenda alguns cuidados básicos para a melhor recuperação dos pacientes com varíola símia. As diretrizes visam principalmente reduzir os danos causados por erupções.
“É importante cuidar da erupção deixando-a secar, se possível, ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Evite tocar feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados, desde que produtos que contenham cortisona estejam disponíveis. ser evitados”, explica a OMS.
