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Cientistas identificam 4 genes associados ao aumento do risco de suicídio

Deve-se notar que não é possível prever quem tem pensamentos suicidas ou quem tentará cometer esse ato extremo contra a própria vida, com base apenas na genética de um indivíduo. No entanto, pesquisadores norte-americanos identificaram quatro genes que foram associados a um risco aumentado para o problema. A pesquisa ainda é preliminar.

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Publicado na revista científica Jama Psychiatry, o estudo sobre genes que aumentam o risco de comportamento suicida foi desenvolvido por pesquisadores da Duke University e VA Durham Health Care, com base em uma grande amostra de dados genéticos de militares americanos. Informações de DNA de mais de 633.000 indivíduos foram usadas.

Quais genes aumentam o risco de suicídio?

Na pesquisa dos EUA, os cientistas descobriram que os quatro genes a seguir estão associados a um risco aumentado de pensamentos e comportamentos suicidas:

  • ESR1: gene mais comum em pessoas com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e depressão;
  • DRD2: Associado a pessoas com maior incidência de tentativas de suicídio, esquizofrenia, transtornos de humor, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e abuso de álcool.
  • CHD: está relacionada a diferentes condições psiquiátricas e é mais comum em pessoas que morrem por suicídio;
  • TRAF3: associado a comportamento antissocial, uso de substâncias ilícitas e TDAH.

“Esses genes não predestinam ninguém a problemas [ou pensamentos suicidas], mas é importante entender que podem indicar um risco aumentado, principalmente quando combinados [os genes recém-descobertos] com a história de vida [do indivíduo]”, explica Nathan Kimbrel , professor associado da Duke e um dos autores do estudo, em comunicado.

Como são feitas as revisões dos genes associados à condição?

Os cientistas iniciaram o estudo a partir de um banco de dados genético com informações sobre o DNA de 633.778 veteranos militares dos EUA, dos quais 121.211 tiveram, em algum momento de suas vidas, pensamentos ou ações suicidas. A maioria do grupo era composta por homens (91%), indicando que os resultados não devem ser replicados acriticamente para as mulheres.

Dando continuidade a essa pesquisa, a equipe de cientistas quer entender se os quatro genes comuns à maioria das pessoas com ideação suicida podem ser vistos como um marcador genético da condição. Se sim, é possível pensar em tratamentos preventivos voltados para indivíduos que herdam esses genes. Por enquanto, isso não é possível.

Se você se sentir mal e precisar de ajuda, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que promove apoio emocional e prevenção ao suicídio. O telefone do CVV é 188. Caso presencie uma emergência médica, entre em contato com o Corpo de Bombeiros (193) ou o Samu (192).

Dr. Pedro Romanelli

Dr. Pedro Romanelli (Medical Writer) - Dr. Pedro Romanelli is a medical writing expert with over 17 years of experience writing and editing articles, blogs, product reviews, e-books, news, press releases and more for various healthcare brands. Specializing in public health education, Dr. Pedro Romanelli uses scientific material for general medical writing and translates medical research into simple language that patients can understand before undergoing surgery or treatment plans. Your roles and responsibilities at credihealth include: Consult doctors and other medical experts about their experiences with various treatments, clinical trials or procedures. His other areas of interest include minimally invasive treatments for kidney and ureteral stones, reconstructive laparoscopy (pyeloplasty, reflux correction, neobladder) and laparoscopic approach to testicular cancer.