YouTube remove canal do Pornhub por violar regras da plataforma

O YouTube baniu o canal oficial do Pornhub da plataforma por violar sua política de conteúdo sexual. O site pornográfico teve mais de 900.000 assinantes e milhões de visualizações em seus vídeos nos oito anos de existência.

Apesar de não publicar vídeos pornográficos, o site teria inserido links para páginas externas que hospedam conteúdos não permitidos pelo YouTube. “Após análise, encerramos o canal oficial do Pornhub após várias violações de nossas diretrizes da comunidade”, disse o porta-voz do YouTube, Jack Malon, em comunicado à Variety.

De acordo com o representante do serviço de vídeo, os canais que violarem repetidamente a política, repetindo as mesmas falhas, ou que se dediquem a “conteúdo violador” estão encerrados. A iniciativa é uma forma de proteger os usuários de links que podem causar problemas, principalmente considerando que o YouTube é muito popular entre as crianças.

O Pornhub garantiu que nunca apontou links para conteúdo pornográfico e que seria alvo de perseguição apenas por atuar na indústria adulta. A MindGeek, proprietária do site adulto, afirma que sempre manteve “as melhores medidas de confiança e segurança” para não violar as diretrizes da comunidade do YouTube.

“Infelizmente, este é apenas o exemplo mais recente de discriminação contra a indústria adulta, uma tendência observada nas mídias sociais e em todas as outras facetas da vida, especialmente quando grupos confundem conteúdo adulto consensual com exploração”, disse a empresa em comunicado.

Histórico de banimento do Pornhub nas redes sociais

Esta não é a primeira proibição do Pornhub nas redes sociais. Em setembro, o Instagram também removeu a conta oficial do site adulto por violar as regras de nudez.

A plataforma tem sido alvo de inúmeras críticas sociais por permitir a hospedagem de vídeos com conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes. Além disso, a empresa de cartão de crédito Visa foi acusada de colaborar com a pedofilia ao oferecer meios de pagamento para assinaturas do site.

Em todos os casos, MindGeek sempre afirmou ter sido alvo de marginalização de profissionais do sexo. Essas pessoas precisam ter perfis nas redes sociais para interagir com os fãs, mas acabam barradas nas plataformas por nudez ou conteúdo sexualizado.

A maioria das redes sociais é bastante conservadora quando se trata de temas sexuais. O suposto objetivo é a proteção de crianças, adolescentes e pessoas que não desejam visualizar esse tipo de conteúdo. É também uma forma de prevenir abusadores, pedófilos e exploradores, que poderiam se aproveitar desse tipo de conteúdo para atacar as vítimas.

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