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 </div> </div><p>&ldquo;Mamama&rdquo;, &ldquo;dadada&rdquo;, &ldquo;bababa&rdquo; &ndash; os pais geralmente acolhem com entusiasmo os sons do balbucio de um bebê;. ;Balbuciar é; o primeiro marco ao aprender a falar. ;Todos os bebê;s com desenvolvimento tí;pico balbuciam ;, nã;o importa o ;idioma ;que estejam aprendendo.</p><p>A fala, a produç;ã;o oral da linguagem, requer controle preciso sobre os lá;bios, a lí;ngua e a mandí;bula para produzir uma das subunidades bá;sicas da fala: a sí;laba, como &ldquo;ba&rdquo;, &ldquo;da&rdquo;, &ldquo;ma&rdquo;. ;O balbucio é; caracterizado por caracterí;sticas universais ;&ndash; por exemplo, repetiç;ã;o de sí;labas e uso de ritmo. ;Ele permite que o bebê; ;pratique e aprenda de forma divertida ;como controlar seu aparelho vocal para produzir corretamente as sí;labas desejadas.</p><p>Mais do que qualquer outra coisa, ;a linguagem define a natureza humana ;. ;Mas as suas origens evolutivas tê;m intrigado os cientistas durante dé;cadas. ;Investigar os fundamentos bioló;gicos da linguagem entre espé;cies &ndash; como faç;o com os ;morcegos ;&ndash; é; uma forma promissora de obter insights sobre as principais caracterí;sticas da linguagem humana.</p><p>Sou um bió;logo comportamental ;que passou muitos meses de 10 horas por dia sentado em frente a colô;nias de morcegos no Panamá; e na Costa Rica gravando as vocalizaç;õ;es dos animais. ;Meus colegas e eu descobrimos paralelos surpreendentes entre o ;balbucio produzido por esses filhotes de morcegos e o balbucio produzido por bebê;s humanos ;. ;Identificar um mamí;fero que compartilhe estrutura cerebral semelhante à; dos seres humanos e també;m seja capaz de imitaç;ã;o vocal pode nos ajudar a compreender os fundamentos cognitivos e neuromoleculares da aprendizagem vocal.</p><div> <div> 
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 </div> </div><p><strong>Conteú;do</strong></p><ol class="wp-block-list">
<li>Aprendizagem vocal em outros animais</li>



<li>Centenas de horas de balbucio de morcegos</li>



<li>Conversa de bebê;, da mã;e ao cachorrinho</li>
</ol><h2 class="wp-block-heading">Aprendizagem vocal em outros animais</h2><html><body>
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</div>
</body></html><p>Os cientistas aprenderam muito sobre imitaç;ã;o e desenvolvimento vocal estudando pá;ssaros canoros. ;Eles estã;o entre os aprendizes vocais mais conhecidos, e o processo de aprendizagem de jovens pá;ssaros canoros machos ;mostra paralelos interessantes ;com o desenvolvimento da fala humana. ;Jovens pá;ssaros canoros machos també;m praticam suas notas em uma fase de prá;tica que lembra o balbucio de bebê;s humanos.</p><p>No entanto, os pá;ssaros canoros e as pessoas possuem aparelhos vocais diferentes &ndash; os pá;ssaros vocalizam usando uma siringe, os humanos usam uma laringe &ndash; e sua arquitetura cerebral é; diferente. ;Portanto, tirar conclusõ;es diretas da pesquisa de pá;ssaros canoros para humanos é; limitado.</p><p>Felizmente, na selva tropical da Amé;rica Central, existe um mamí;fero que se envolve em um comportamento de prá;tica vocal muito visí;vel que ;lembra fortemente o balbucio infantil humano ;: o morcego neotropical com asas em saco maior, ;<em>Saccopteryx bilineata</em> ;. ;Os filhotes deste pequeno morcego, de pelo escuro e duas listras brancas onduladas proeminentes nas costas, apresentam um comportamento balbuciante diá;rio durante grande parte de seu desenvolvimento.</p><figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://www.cetroconcursos.org.br/wp-content/uploads/2023/10/Fernandez-1.webp" alt="Fernandez" class="wp-image-5414"><figcaption class="wp-element-caption">Fernandez passou longos dias em campo gravando as vocalizaç;õ;es de filhotes de morcegos com asas sacariformes em seus poleiros diurnos.</figcaption></figure><p>Os morcegos com asas sacrais maiores possuem um grande repertó;rio vocal ;que inclui 25 ;tipos de sí;labas distintas ;. ;Uma sí;laba é; a menor unidade acú;stica, definida como um som rodeado de silê;ncio. ;Esses morcegos adultos criam ;vocalizaç;õ;es multissilá;bicas e dois tipos de canç;õ;es ;. ;A canç;ã;o territorial alerta os rivais em potencial que o proprietá;rio está; pronto para defender seu territó;rio, enquanto a canç;ã;o de cortejo permite que as fê;meas saibam sobre a aptidã;o de um morcego macho como parceiro em potencial.</p><p>De particular interesse para mim e para meus colegas, o morcego com asas sacariformes é; ;capaz de imitaç;ã;o vocal ;&ndash; a capacidade de aprender um som até; entã;o desconhecido do zero, de ouvido. ;Requer entrada acú;stica, como pais humanos conversando com seus bebê;s ou, no caso do morcego com asas sacariformes, machos adultos que cantam.</p>
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 </div> </div><p>O ú;nico outro mamí;fero nã;o humano cujo balbucio documentado pelos cientistas é; o sagui-pigmeu ;<a href="https://animals.howstuffworks.com/mammals/marmoset.htm">,</a> ;uma pequena espé;cie de primata sul-americano que nã;o é; capaz de imitaç;ã;o vocal. ;O morcego com asas de saco maior ofereceu a primeira possibilidade de estudar detalhadamente o balbucio dos filhotes em uma espé;cie que pode imitar as vocalizaç;õ;es de outras pessoas. ;Mas quã;o semelhante é; o balbucio do morcego com o balbucio do bebê; humano?</p><div> <div> 
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</div>
 </div> </div><h2 class="wp-block-heading">Centenas de horas de balbucio de morcegos</h2><p>Para responder a essa pergunta, monitorei o desenvolvimento vocal de filhotes selvagens em oito colô;nias. ;Durante o dia, ;<em>S. bilineata</em> ;encontra abrigo e proteç;ã;o em fendas de á;rvores e paredes externas de edifí;cios. ;Eles sã;o muito tolerantes à; luz e os adultos gostam de ficar a vá;rios centí;metros de distâ;ncia um do outro, tornando mais fá;cil observar e registrar indiví;duos especí;ficos.</p><p>Para poder reconhecer morcegos especí;ficos, marquei seus antebraç;os com faixas plá;sticas coloridas. ;Acompanhei 20 filhotes desde o nascimento até; o desmame. ;Começ;ando por volta das 2,5 semanas de idade e continuando até; o desmame por volta das 10 semanas de idade, os filhotes balbuciam entre o nascer e o pô;r do sol no poleiro diurno. ;É; muito alto, audí;vel até; mesmo para o ouvido humano, porque algumas sí;labas balbuciadas estã;o ao nosso alcance auditivo (outras sã;o altas demais para ouvirmos). ;Para cada filhote, registrei crises de balbucio &ndash; algumas das quais duraram até; 43 minutos &ndash; e os comportamentos que as acompanham ao longo de todo o seu desenvolvimento. ;Em contraste, os morcegos adultos produzem vocalizaç;õ;es que nã;o duram mais do que alguns minutos.</p><body><div> 
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</div>
 </div><p>Os cientistas já; sabem há; algum tempo que os filhotes aprendem a cantar imitando vocalmente os tutores adultos enquanto balbuciam. ;Mas o nosso novo estudo ;fornece a primeira aná;lise formal ;de que o seu balbucio realmente partilha muitas das caracterí;sticas que caracterizam o balbucio em bebé;s humanos: duplicaç;ã;o de sí;labas, uso de ritmo e um iní;cio precoce da fase de balbucio durante o desenvolvimento.</p><p>Assim como os bebê;s humanos produzem sons que sã;o reconhecí;veis como as chamadas sí;labas canô;nicas de adultos &ndash; aquelas com caracterí;sticas maduras que soam como o que um falante adulto produz &ndash; o balbucio dos filhotes de morcego consiste em precursores de sí;labas que fazem parte do repertó;rio vocal adulto.</p><p>E assim como o balbucio humano inclui o que provavelmente sã;o sons lú;dicos produzidos à; medida que o bebê; explora sua voz, o balbucio do morcego inclui os chamados protossí;labos que só; sã;o produzidos por filhotes.</p><p>Alé;m disso, o balbucio dos filhotes é; universal. ;Cada filhote, independente de sexo e origem regional, balbuciou durante seu desenvolvimento.</p><h2 class="wp-block-heading">Conversa de bebê;, da mã;e ao cachorrinho</h2><p>Durante minha primeira temporada de campo, percebi que durante as sequê;ncias de balbucio, mã;es e filhotes interagiam comportamentalmente e vocalmente. ;As mã;es produziam um tipo de chamado distinto direcionado aos filhotes enquanto balbuciavam.</p><p>Nó;s, humanos, alteramos nossa fala dependendo se estamos nos dirigindo a crianç;as ou adultos. ;Essa fala dirigida ao bebê; &ndash; també;m conhecida como manhê;s &ndash; é; uma forma especial de feedback social para o bebê; que vocaliza. ;É; caracterizado por caracterí;sticas universais, incluindo tom mais alto, andamento mais lento e contornos de entonaç;ã;o exagerados. ;O timbre &ndash; a cor da voz &ndash; també;m muda quando as pessoas falam &ldquo;manhê;s&rdquo; em comparaç;ã;o com quando falam com outros adultos. ;Timbre é; o que faz uma voz soar um pouco fria e á;spera ou quente e aconchegante. ;Será; que as fê;meas dos morcegos també;m mudaram de timbre, dependendo de para quem direcionavam seus chamados?</p><p>Os resultados foram claros: pela primeira vez, encontramos um mamí;fero nã;o humano que muda a cor da voz dependendo do destinatá;rio. ;Os morcegos també;m usam conversa de bebê;!</p><p>Nossos resultados apresentam o morcego com asas de saco maior como um candidato promissor para comparaç;õ;es entre espé;cies sobre a evoluç;ã;o da linguagem humana. ;O balbucio é; como uma leitura comportamental do aprendizado vocal contí;nuo que acontece no cé;rebro. ;Quando os filhotes balbuciam, eles imitam a canç;ã;o dos adultos &ndash; e nos fornecem informaç;õ;es sobre quando o aprendizado está; ocorrendo. ;Oferece a possibilidade ú;nica de estudar os genes envolvidos na imitaç;ã;o vocal.</p><div> <div> 
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</div>
 </div> </div><p>E como os morcegos partilham a sua arquitetura cerebral bá;sica com as pessoas, podemos traduzir os resultados da nossa investigaç;ã;o dos morcegos para os humanos. ;Estou fascinado pelo facto de duas espé;cies de mamí;feros tã;o diferentes partilharem paralelos surpreendentes na forma como atingem o mesmo objectivo: adquirir um repertó;rio vocal adulto complexo &ndash; nomeadamente, a linguagem.</p>
</body></div>
</p>

Bebês morcegos balbuciam com as mães, sugerindo o desenvolvimento da linguagem humana
