Forte ressaca | Cientistas descobrem que beber demais não tem culpa

Quanto mais você bebe, maior a ressaca? De acordo com especialistas, não necessariamente. Acontece que existem outros fatores que influenciam nessa consequência negativa no dia seguinte ao da bebida. Em novos estudos, os pesquisadores passaram a explorar os mecanismos biológicos e psicológicos que podem resultar na condição.

No que diz respeito aos mecanismos biológicos, estudos sugerem que uma variação no gene ALDH2 pode resultar em ressacas mais graves. Isso ocorre porque a variante do gene ALDH2 limita a degradação do acetaldeído, um produto intermediário da fermentação alcoólica. Isso leva a um maior acúmulo de proteínas e, justamente por isso, a maiores sintomas de ressaca.

Idade e sexo também podem influenciar a intensidade de uma ressaca. Em estudos anteriores, essas diferenças entre os sexos eram maiores em pessoas mais jovens: homens de 18 a 25 anos relataram ressacas mais graves em comparação com mulheres dessa idade.

Quanto aos fatores psicológicos, a pesquisa sugere que o neuroticismo (um amplo traço de personalidade que tende a fazer as pessoas verem o mundo de forma negativa) pode prever a gravidade de uma ressaca. Ansiedade, depressão e estresse também estão ligados a sintomas maiores.

“Nossas descobertas mostram que as ressacas também tendem a fazer as pessoas interpretarem o mundo de forma mais negativa. Como resultado, as ressacas podem exacerbar esse viés negativo, levando algumas pessoas a se sentirem pior do que outras”, apontam os autores do estudo.

A ressaca tem cura?

Por enquanto, a conclusão da ciência é que não existe cura para ressaca. Algumas substâncias podem até ajudar a aliviar o desconforto, mas não há nada comprovado cientificamente. Segundo especialistas, as evidências sobre esses remédios para ressaca são de baixíssima qualidade e é necessária uma avaliação mais rigorosa.

De acordo com o Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo, a ressaca pode variar de pessoa para pessoa, e os sintomas mais comuns incluem fadiga, fraqueza, sede, dor de cabeça, dores musculares, náuseas, dores de estômago, vertigens, sensibilidade à luz e ao som, ansiedade, irritabilidade, sudorese e aumento da pressão arterial.

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